segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Áudio para "As árvores do meu jardim de outono"

Pessoal:

Segue o link para o áudio da peça "As árvores do meu jardim de outono".
Foi gravado em Pelotas-RS no auditório da UFPel no dia 25/11/2009. Ao piano, Lucia Cervini, a quem a peça é dedicada.

Link:

http://www.mediafire.com/?nrmyz5mnwjz

Para a partitura, acesse a postagem seguinte:

http://tadeutaffarello.blogspot.com/2009/09/as-arvores-do-meu-jardim-de-outono.html

Um abraço,

Tadeu

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"As árvores do meu jardim de outono" em Pelotas-RS

Pessoal:

Hoje (25/11/2009), às 20h00, no auditório do Conservatório de Música da UFPel (Universidade Federal de Pelotas-RS) será tocada a minha peça "As árvores do meu jardim de outono" pela pianista Lucia Cervini, a quem a peça é dedicada. Na realidade, ela já fez a estreia da peça anteriormente, no dia 12/11 em Porto Alegre. (Há uma postagem noticiando esse evento no blog). Porém, nesse dia, eu não pude vir e ouvi-la tocando. Dessa maneira, para mim, hoje é a estreia mudial da peça!!! (apesar de não a ser realmente...) Acho que vai ser legal...

Antes do concerto, às 16h00, no prédio anexo ao Conservatório, darei uma palestra sobre as estratégias composicionais utilizadas na peça. A quem puder ir, está convidado (entrada franca tanto na palestra quanto no concerto).

Um grande abraço a todos,

Tadeu

domingo, 8 de novembro de 2009

Estreia de "As árvores do meu jardim de outono"

Pessoal:

Na próxima quinta, dia 12/11 (aniversário do meu irmão André) estreiará mundialmente a minha peça para piano solo "As árvores do meu jardim de outono" nas mãos da excelente pianista Lucia Cervini, a quem a peça foi dedicada. A estreia será no Teatro Renascença, em Porto Alegre-RS às 20h00. Quem estiver por lá, está convidado. A entrada é franca.

Infelizmente dessa vez não poderei estar presente. Vê-la-ei tocar a peça apenas no dia 25, em Pelotas-RS na segunda execução da mesma.

Segue o link para o concerto: http://vicontemporaneo2.wordpress.com/musica-de-camara-i/

Um grande abraço e muita boa sorte à Lucia,

Tadeu

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Em defesa da música atonal

Pessoal:

Adorno, mesmo que radical em suas opiniões, nos traz algumas pérolas (no bom sentido) de pensamentos que devemos parar para analisar com mais calma. Lendo hoje o seu livro Filosofia da Nova Música deparei-me com uma citação, talvez um pouco longa para um blog, mas que em muito dou o braço a torcer, pois também corresponde à maneira como penso a música na hora de compor.

Vamos a ela.

(p. 35) "A admissão de uma tendência histórica dos meios musicais contradiz a concepção tradicional do material da música. Este se define fisicamente, em todo caso, segundo critérios de psicologia musical, como conceito essencial de todas as sonoridades de que dispõe o compositor. Mas o material de composição difere destas do mesmo modo que a linguagem falada difere dos sons de que dispões. Esse material é reduzido ou ampliado no curso da história e todos os seus rasgos característicos são resultados do processo histórico. Carregam em si a necessidade histórica com tão maior plenitude quanto menos podem ser decifrados como resultantes históricos imediatos. No momento em que já não se pode reconhecer a expressão histórica de um acorde, este exige obrigatoriamente que tudo que o circunda leve em conta a carga histórica implicada e que se converteu numa qualidade sua. O sentido dos meios musicais não se manifesta em sua gênese. Entretanto não é possível separá-los desta. A música não conhece nenhum direito natural e por isso toda psicologia da música é tão discutível. Na tentativa de reduzir a música de qualquer época a uma 'compreensão' invariável, supõe-se a constância do sujeito musical. Mas esta está ligada à constância do material natural bem mais estreitamente do que possa pretender a diferenciação psicológica. O que ela descreve gratuita e insuficientemente se busca reconhecendo as leis de movimento do material. Naturalmente não se deve atribuir ao material sonoro em si, e nem sequer àquele filtrado através do sistema temperado, um direito ontológico próprio, como ocorre, por exemplo, na argumentação do que pretende deduzir, ora das relações dos sons harmônicos, ora da psicologia do ouvido, que o acorde prefeito é a condição necessária e universalmente válida de toda a concepção musical possível e que portanto a música deve ater-se a ele."

Ou seja, refletindo sobre o que Adorno diz, a música apresenta uma carga histórica que é implícita ao material utilizado. Não é possível dissociar material e uso ao longo da história. O material musical dessa maneira, está muito longe de ser um dado a priori, ou seja, pré-determinado por si só. Ele é, e essa me parece ser a tese principal do filósofo, um dado cultural dissociado da psicologia e ligado estritamente ao uso. E o compositor, ao fazer a sua própria escolha do material ao ser empregado em uma nova composição, deve ser atento a esse dado. Assim poderá, se perspicaz, até mesmo, se assim o desejar, tirar proveito da "carga histórica" que ele implica. (Eu acrescentaria, ainda, à frase final de Adorno, que nem também o uso de sons dissonantes não "é a condição necessária e universalmente válida de toda concepção musical possível". Uma atitude que, como compositor, deve-se ter é a de, lembrando a última citação que fiz do Mário de Andrade, sempre se questionar, sempre duvidar de si mesmo, sem com isso, entretanto, perder o foco, o objetivo final, que é simplesmente fazer música.)

Acho que é isso aí,

Um grande abraço,

Tadeu